A Lei da Semeadura e da Colheita
A lei da semeadura é um princípio espiritual estabelecido
por DEUS. Estamos falando de uma lei que sempre esteve em vigor no mundo espiritual.
Ela funciona de igual forma para qualquer um, seja cristão ou incrédulo. E como
cristãos, não podemos ignorá-la e dizer que ela não se aplica a nós. Muito pelo
contrário, pois é pelo fato de sermos cristãos, que pesa sobre nós a obrigação
de respeitar e honrar esse princípio.
Tudo tem sua hora.
Qualquer frutificação, dentro da lei da semeadura e
colheita, acontece através de dois fatores:
Pela misericórdia e graça de DEUS.
Pelo nosso trabalho e empenho.
Quando os frutos vêem através do trabalho, entendemos que
antes disso acontecer, o agricultor precisou acordar cedo, ir até o local da
plantação, limpar o terreno, preparar a terra, lançar as sementes, regar e
adubar o solo, podar, espantar os invasores que vêem para destruir a lavoura,
para finalmente, após o tempo de amadurecimento da seara, o agricultor pode
colher a sua produção.
Percebe quantas etapas estão envolvidas na lei da semeadura
e colheita? E o agricultor sabe ainda que, se não fosse a graça de DEUS,
simbolizada aqui pelas chuvas, sol, água e vento, ele não teria a sua colheita.
Agora, imagine quando ele planta árvores frutíferas: o tempo de amadurecimento
para colheita é maior, mas em compensação, quando o período da colheita chega,
ela vem ano após ano, sem cessar. Pense nisso!
Tem hora de plantar e tem hora de colher. Tem mais hora de
plantar do que colher, porque o plantio não pode cessar.
“Tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo
propósito debaixo do céu.” (Eclesiastes 3: 1)
A lei da semeadura é óbvia.
Quem não planta não colhe. A colheita é proporcional à
semeadura. Quanto maior a semeadura, maior a colheita; quanto mais se der, mais
se terá; quanto mais abençoar os outros, mais abençoado será.
“Não vos enganeis: de DEUS não se zomba; pois aquilo que o
homem semear, isso também ceifará.” (Gálatas 6: 7)
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DEUS nos deu a liberdade para fazer as escolhas da nossa
vida, mas certamente cada escolha é acompanhada de sua respectiva conseqüência,
quer seja boa, quer seja ruim. Até mesmo o fato de DEUS perdoar os pecados não
garante a revogação dessa lei espiritual de causa e efeito. Muitas vezes, mesmo
perdoados por DEUS e reconciliados com CRISTO, ainda assim sofremos as
conseqüências dos pecados que cometemos.
O tipo da colheita será em função do tipo da semeadura. O
tipo e a quantidade da semente irão determinar a qualidade da safra. O
agricultor sabe que a quantidade da sua colheita é proporcionalmente maior que
a quantidade da sua semeadura. Colhemos aquilo que semeamos, e em quantidades
maiores das que semeamos, seja a trinta, sessenta ou a cem por um. “Semeou
Isaque naquela terra e, no mesmo ano, recolheu cento por um, porque o SENHOR o
abençoava. Enriqueceu-se o homem, prosperou, ficou riquíssimo.” (Gênesis 26: 12
e 13)
Quando semeamos, estamos cumprindo com uma determinação de
DEUS para que todos os elementos como sementes, terra e tempo, estejam
desempenhando as funções para as quais foram criados. Mas não podemos precisar
a proporção das nossas colheitas. Sempre estarão, acima de tudo, os planos de
DEUS e a Sua soberania.
Você nasceu para semear.
O propósito da existência de uma semente é o de produzir
seus respectivos frutos. E para que isso aconteça, ela precisa de uma boa terra
para crescer e frutificar, e antes de tudo, de alguém que a semeie.
Quem são os semeadores? A resposta está em nós mesmos! Nós
somos os semeadores. Há vários tipos de sementes. Por exemplo: oração, bom
testemunho, boas obras, etc. E um dos tipos de semente é o recurso financeiro.
DEUS nos dá as sementes, mas existem coisas que DEUS não
fará por nós, pois são ações exclusivas e individuais. Uma delas é lançar as
sementes, plantá-las. O semeador precisa sair a semear se ele quiser ver as
mudanças em sua própria vida.
“E de muitas coisas lhes falou por parábolas, e dizia: eis
que o semeador saiu a semear.“ (Mateus 13: 3)
E além de semear, precisamos escolher os solos férteis,
pois, dependendo da qualidade do solo, a nossa semente não frutificará. Mas
então aonde semear e plantar? Como resposta a essa pergunta, temos: a casa de
DEUS; na vida dos pastores; na vida dos líderes; na vida dos irmãos; na vida
dos familiares; na vida daqueles que nem se tem intimidade; e é claro, na
própria vida.
Jamais interrompa o ciclo.
A semente deve ser lançada e não estocada. Se a semente for
estocada, ela nunca conseguirá frutificar. Para que haja fruto, a semente não
pode ser estocada. A semente foi dada por DEUS para ser lançada. Semente não se
come, o que se come é o fruto. Se a semente for comida, isso resultará em
limitação de colheita, significando a interrupção da safra.
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Toda colheita é fruto de um plantio. Se usarmos determinada
semente, colheremos determinado fruto, e fruto de mesma espécie. Se quisermos
colher reconciliação no lar, plantaremos perdão e amor dentro da família. Se
quisermos colher prosperidade financeira, teremos que plantar em termos
financeiros, usando sementes financeiras. Agindo dessa maneira, estaremos
debaixo da palavra de DEUS, que não mente.
Não é porque colhemos os frutos que vamos consumir toda
safra. Parte da safra precisa retornar como semente para que haja sempre novas
colheitas. Se não separarmos novas sementes, não poderemos semear novamente, e
se não semearmos, não colheremos mais.
Quando vier o crescimento financeiro sobre sua vida, é
importante estar atento para o aumento das despesas. Não podemos simplesmente
gastar todo o fruto das primeiras colheitas. É necessário que se continue
poupando, separando as primícias do dízimo, ofertando, semeando novamente, para
que o ciclo da semeadura e colheita não seja interrompido.
A semeadura não é tempo desperdiçado, é tempo investido.
Que bom seria se colhêssemos os frutos de nossa semeadura
diariamente, mas é bem verdade que não temos essa garantia de uma colheita
diária. É assim também que acontece com qualquer agricultor, pois não é todo
dia que ele volta da plantação com seu cesto carregado de frutos. Tem dias que
ele só vai à plantação para cuidar da terra, adubar mais um pouco, regar, mas
sem poder voltar com a colheita.
Mas ele sabe que isso não significa que os frutos cessaram.
Qualquer agricultor respeita o tempo de semeadura, pois sabe que uma colheita
precoce significa frutos imperfeitos. Ele sabe que o fruto precisa estar no seu
ponto certo de colheita para que não haja desperdício. Porém, o mais
importante, é que no coração dele haja a certeza de que os frutos estão se
aproximando e que nunca deixarão de existir. Ele sabe que sempre haverá frutos
enquanto houver semeadura. Se não fosse assim, certamente ele faria qualquer
outra coisa e não perderia seu tempo semeando na terra.
Nenhum tempo é jogado fora quando se semeia. Não há
desperdício de tempo nos momentos de semeadura. Semeadura não é tempo gasto, e
sim tempo investido. Da mesma forma que o agricultor, a nossa garantia também
não está no retorno diário. Precisamos entender que também devemos respeitar o
tempo da semeadura, e principalmente, o tempo de DEUS. Nós também temos a
garantia de que enquanto houver semeadura haverá colheita. Isso é uma garantia
que DEUS nos dá.
À medida que o tempo passa, a manutenção do terreno vai
diminuindo. Quanto mais tempo investido em semeadura, menor é o trabalho com a
manutenção do solo. Imagine um terreno em que acabamos de plantar mudas de
árvores frutíferas. No início, a manutenção e o cuidado são grandes, mas chega
um tempo em que essas árvores já estão fixadas de tal forma no solo, que os
frutos não param mais de aparecer. O agricultor não precisa mais visitar
diariamente o pomar para cuidar da terra. A terra já se encontra tão bem
preparada que os frutos acontecem naturalmente. Nesse ponto, todo o trabalho já
é inteiramente de responsabilidade de DEUS mesmo. O agricultor somente se
preocupa em colher os frutos que por si só já aparecem nas árvores.
Uma semente gera uma árvore, que dá não apenas um fruto, mas
muitos frutos. Esses frutos não aparecem somente uma vez, mas eles surgirão em
ciclos, por uma vida
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inteira. Enquanto a árvore estiver plantada, seus frutos
crescerão. Quando desenvolvemos uma vida de semeadura, haverá determinadas
colheitas que acontecerão naturalmente. Uma semente que plantarmos produzirá a
cem por um.
Quando a semente é o dinheiro.
Na bíblia, as sementes podem ser representadas por dinheiro.
“E isto vos afirmo: aquele que semeia pouco, pouco também
ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará (...) Ora,
Aquele que dá semente ao que semeia, e pão para alimento, também suprirá e
aumentará a vossa sementeira, e multiplicará os frutos da vossa justiça.” (2
Coríntios 9: 6 e 10)
Paulo deixa claro que existem dois tipos de semeadura: a
escassa e a abundante. A colheita escassa ocorre na mesma proporção que a
semeadura escassa, e a colheita abundante ocorrem em proporções maiores que a
semeadura abundante. Aquele que semeia é uma pessoa generosa. A generosidade
cristã produz frutos maravilhosos. Qualquer agricultor que semear irá esperar
por uma colheita, e ainda sabe que se quiser ver uma colheita abundante, deverá
semear generosamente.
Ele jamais guardará suas sementes, antes ele aproveitará e
lançará as sementes na terra. Ele sabe que se deixar as sementes em estoque,
elas continuarão a ser apenas sementes, e não frutos. Mas se ele semear com
fartura, colherá em uma proporção bem maior. Da mesma forma acontece com as
ofertas cristãs. O retorno virá em uma proporção bem maior da que foi ofertada.
Vale a pena lembrar que esse retorno virá com bênçãos espirituais e materiais.
Pela maneira que se semeia é que se colhe.
Pessoas com facilidade para dar encontram, na mesma
proporção, uma facilidade para receber. Pessoas que dão de uma maneira travada,
tendem a receber de uma maneira travada também. Quem sente dificuldade em dar,
também sente dificuldade em receber. Não se deixe influenciar por padrões
mundanos. Nunca perca a essência de que dar é melhor que receber.
“Tenho mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister
socorrer aos necessitados, e recordar as palavras do próprio SENHOR JESUS: mais
bem-aventurado é dar do que receber.” (Atos 20: 35)
A lei da semeadura não é uma lei de barganha, ou então uma
lei de negociatas para com DEUS. Não podemos obrigá-Lo a nos dar o que
queremos. Se Ele nos dá, é por um ato de Sua maravilhosa graça, e também de Sua
inquestionável justiça, mas acima de tudo, é pela graça. Isso porque, na
verdade, não merecemos um décimo das Suas misericórdias. Mas ainda assim Ele se
alegra em nos abençoar, o que pode ser em uma medida boa, generosa, recalcada,
sacudida e transbordante, quer seja em termos materiais, quer seja
principalmente em termos espirituais, pois a lei da semeadura nos diz que
quanto maior o plantio, maior será a colheita também.
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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida,
transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes
medido vos medirão também.” (Lucas 6: 38)
Quando damos, é que recebemos. Isso é uma lei espiritual. E
como em toda lei espiritual, nós não temos a capacidade de anulá-la. Se dermos,
receberemos, e se não dermos, não receberemos. Nós não conseguimos fugir de uma
dessas condições. JESUS disse que se dermos, Ele nos dará. Se dermos de forma
generosa, Ele nos dará de forma generosa também. E não esqueça que a
generosidade Dele é incomparavelmente maior que a nossa.
Receber de forma abundante está na palavra de DEUS e isso
não significa desperdiçar. Quando DEUS nos abunda materialmente, somos alvos de
riquezas, de fartura, de prosperidade, de fertilidade, de generosidade, etc. Já
o desperdício é muito diferente disso, já que significa as perdas, os roubos,
os furtos, os extravios, o mau uso dos recursos, a ostentação, o orgulho, etc.
Quantas vezes não oramos a DEUS por uma boa medida, que seja
recalcada, sacudida e transbordante? Oramos não somente sobre nossa própria vida,
mas também para que essa palavra se cumpra na vida de outras pessoas. Sabemos o
que significa uma medida transbordante. Mas o que vem a ser uma medida
recalcada? Ou uma medida sacudida?
A palavra “recalcada” é um adjetivo que leva consigo a idéia
de “algo que se repete diversas vezes de forma a ficar concentrado”. Imagine o
exemplo de alguém que enche um recipiente com farinha. Mas ele sabe que pode
caber mais, e por isso ele comprime o volume por várias vezes, socando e
socando com muita força de forma a compactar esse volume, abrindo mais espaço
para então, colocar mais e mais farinha.
A palavra “sacudida” é um adjetivo que nos trás a idéia de
um “movimento de vai e vem com força”. Imagine o exemplo de alguém que enche um
pote com bolinhas de gude, e dentro desse recipiente, derrama areia de forma a
encher até o topo. Mas essa pessoa sabe que, se sacudir esse pote com força, a
areia se movimentará entre as bolinhas de forma a procurar os espaços mais
profundos do pote. Isso fará com que novos espaços sejam abertos. A areia desce
pelas bolinhas e abre mais espaço para que seja derramado mais areia, de forma
a preencher absolutamente todo o espaço existente. Sacode-se o pote para caber
mais e mais.
A palavra “transbordante” é um adjetivo que aponta para uma
condição de “abastança, fartura, e que excede o que consideramos ser
suficiente”. Aqui a ilustração é mais simples: imagine um copo sendo cheio de
água até o ponto de começar a transbordar. O copo não comporta mais e chega ao
ponto de começa a transbordar seu volume.
DEUS recalca a medida da nossa bênção para caber mais e
mais. Ele também sacode essa medida para aproveitar absolutamente todo nosso
recipiente. E continua a derramar dessas bênçãos, de forma a fazer com ela
comece a transbordar, ou seja, excedendo nossa capacidade de armazenamento. A
essa altura o derramar de DEUS é realizado de uma maneira que não conseguimos
reter as bênçãos, elas vêm em uma medida mais do que o suficiente para nós,
elas vêm em fartura e abundância. Não cabe mais no nosso pote, mas DEUS mesmo
assim continua a derramar.
Quais serão as medidas que DEUS quer derramar sobre você?
Não importam quais sejam, esse texto nos diz que elas podem ser recalcadas,
sacudidas e
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transbordantes. E mais, elas nos serão dadas de uma maneira
generosa. Tudo dependerá primeiro da medida que nós usamos para dar.
Semear muitas vezes pode significar uma renúncia.
Qualquer renúncia aponta para algo que tenha um preço. A
renúncia é algo dolorido, é algo em que se exige um sacrifício, ou uma perda num
primeiro momento. Muitas vezes a nossa semeadura pode significar ter que fazer
determinadas renúncias. Muitas vezes nossa semeadura precisa ser de algo que
nos custe. Haverá momentos em que a nossa vontade será a de consumir a
colheita, mas DEUS nos moverá para abdicar desse prazer e reverter uma colheita
em novas sementes.
Quando DEUS semeou Seu Filho JESUS, um alto preço de
renúncia acompanhou a vida Dele. Para Ele próprio se lançar como semente ao
solo da Terra, Ele antes precisou decidir renunciar a Sua posição de Rei do
Universo. Ele abriu mão de toda a Sua glória (Filipenses 2) para se tornar um
homem mortal. Ele abriu mão de ser o DEUS todo Poderoso para se tornar um
servo, marcado pela obediência, submissão e humildade. Ele renunciou Sua própria
vida para carregar sobre Suas costas todos os pecados da história e morrer em
uma cruz como o Cordeiro de DEUS (João 1: 29). JESUS renunciou Sua vida para
morrer a morte que estava destinada a nós. A semente chamada JESUS assumiu a
nossa condenação, para que os Seus frutos se manifestassem na vida de todo
aquele que Nele cresse.
Davi viveu um exemplo de uma semeadura que lhe custou algo.
Obviamente, nada que se compare com a renúncia feita por JESUS. Mas o texto a
seguir mostra que o rei Davi preferiu oferecer para DEUS algo que lhe custasse
um preço. Ele poderia ter simplesmente oferecido algo sem que tivesse qualquer
sacrifício. Mas ele sabia que toda semeadura precisava levar consigo um preço
de renúncia.
Precisamos compreender que toda e qualquer semeadura precisa
representar uma oferta de sacrifício diante de DEUS. Não há semeadura sem
renúncia. Aquele que semeia deixa de consumir a semente, e isso faz toda a
diferença aos olhos de DEUS.
“(...) Tome e ofereça o rei, meu senhor, o que bem lhe
parecer; eis aí os bois para o holocausto, e os trilhos, e a apeiragem dos bois
para a lenha. (...) e ajuntou: que o SENHOR, teu DEUS, te seja propício. Porém
o rei disse a Araúna: Não, mas eu to comprarei pelo devido preço, porque não
oferecerei ao SENHOR, meu DEUS, holocaustos que não me custem nada. Assim, Davi
comprou a eira e pelos bois pagou cinqüenta siclos de prata”. (2 Samuel 24:
22-24)
Muitas vezes, nossa semeadura será feita com aquilo que
havíamos pensado ser a nossa colheita. Quando revertemos uma colheita em uma
nova semeadura, uma oferta de sacrifício sobe como um incenso de aroma
agradável e suave às narinas do Pai. Quando DEUS pedir que a sua colheita seja
novamente semeada, não hesite em fazer isso. Não hesite em pagar esse preço,
ofereça um sacrifício que lhe custe algo.
Pode ser que DEUS, ao mover um coração para ofertar um valor
sobre sua vida, deseja que você não coma desse fruto, mas que o transforme em
uma nova semeadura na vida de uma outra pessoa. Você já teve o prazer de
receber uma oferta e transferir essa mesma oferta para alguém que DEUS te
mostrar? Experimente e verá que transferir a colheita para outra pessoa pode te
saciar mais do que se você mesmo comesse o fruto.
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Olhe para os solos vizinhos.
Quando saímos para semear, precisamos estar atentos aos
solos dos nossos vizinhos. Semear somente na própria vida e esquecer as demais
terras tem como resultado uma colheita escassa.
“Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não
chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vesti-vos, mas
ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel
furado.” (Ageu 1: 6)
DEUS nos chama a incentivar as ofertas na vida de uns para
com os outros. Quanto mais pessoas ofertando, mais pessoas recebendo, e quanto
mais pessoas recebendo, mais elas mesmas passarão a ofertar também, e assim
mais pessoas serão atingidas.
“Consideremo-nos também uns aos outros, para nos
estimularmos ao amor e às boas obras.” (Hebreus 10: 24)
A minha oferta tem o poder de estimular o desejo no coração
do irmão a ofertar também, fazendo exatamente aquilo que ele viu alguém fazer
nele próprio. Uma das características do ser humano é influenciar e ser
influenciado.
“Não tenho necessidade de escrever-lhes a respeito dessa
assistência aos santos. Reconheço a sua disposição em ajudar e já mostrei aos
macedônios o orgulho que tenho de vocês, dizendo-lhes que, desde o ano passado,
vocês da Acaia estavam prontos a contribuir; e a dedicação de vocês motivou a
muitos”. (2 Corintios 9: 1 e 2)
Ofertar na vida dos outros, cumprindo a lei da semeadura,
desencadeia uma onda de progressão geométrica dentro da igreja. Observe a
ilustração a seguir.
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A pessoa A semeou na vida das pessoas B e C, mas recebeu não
somente das pessoas B e C, mas também das pessoas D, E, F e G, desde que as
pessoas B e C sigam o princípio e nenhuma delas o quebre. Não importa o valor,
pode ser R$ 5, R$ 10, R$ 20, R$ 50, etc. Pode ainda ser roupas, alimentos,
presentes, não importam o que seja, pois muitas vezes o princípio está simplesmente
no ato de semear, e não no que se está semeando.
Imagine cada flecha representando uma semeadura na vida de
alguém. O princípio da Lei da semeadura e colheita funciona de forma
semelhante. Quanto mais eu tenho, mais eu dou, e quanto mais eu dou, mais eu
recebo, e quanto mais eu recebo, mais eu tenho, e quanto mais eu tenho, mais eu
dou, e assim esse princípio espiritual não se quebra. Pense nisso!
O amor se caracteriza no dar.
Dar é uma das formas de expressão que caracterizam a DEUS.
Está certo que Ele nos exige algumas coisas, mas Ele também faz questão de dar.
O ato de dar é um símbolo de amor. É impossível esquecer daquilo que DEUS fez,
motivado exclusivamente pelo Seu amor a toda a humanidade.
“Porque DEUS amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu
Filho unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna.” (João 3: 16)
Certamente nossas semeaduras jamais chegarão perto da
semeadura que DEUS fez. DEUS lançou a semente da salvação chamada JESUS para
que nós, seus filhos, pudéssemos colher os frutos. O agricultor chamado DEUS
semeou a semente chamada JESUS e fez questão de que outras pessoas colhessem os
frutos. Fez questão de que outras pessoas saboreassem e desfrutassem da
colheita. Ele abriu mão para dar toda a produção para outros.
Quando foi sua última semeadura?
Será que lembramos de quando foi a última vez que obedecemos
a voz de DEUS e ofertamos em algum outro terreno que não o nosso?
“... para que esteja pronta como expressão de generosidade,
e não de avareza.” (2 Coríntios 9: 5 b)
O que temos dado? DEUS deu o melhor que Ele tinha, não se
limitou a ofertar o que estava ao seu alcance (mesmo porque tudo está a seu
alcance), mas Ele fez questão de entregar a Sua melhor oferta.
“Porque DEUS amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu
Filho unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna.” (João 3: 16)
E qual foi a última vez que você ofertou na vida de alguém?
Qual foi a última vez que você ofertou nas obras missionárias? Como anda a
generosidade no seu coração? Quando você entender que aquilo que DEUS te dá tem
o propósito de ser repartido, você estará apto a receber ainda mais de DEUS.
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“A quem dá liberalmente ainda se lhe acrescenta mais e mais,
ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda. A alma generosa
prosperará, e quem dá a beber será dessedentado.” (Provérbio 11: 24 e 25)
Orar para que DEUS abençoe com provisão e recursos a vida do
próximo é muito importante. Mas será que a resposta a essa oração não está na
própria mão de quem está orando, ou mais precisamente, no bolso de quem está
orando?
DEUS quer que você colha, mas sem acusações.
Não podemos ter medo ou receio de colher aquilo que um dia
plantamos, ou de colher exatamente aquilo que DEUS está nos dando.
“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e
abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem
bate, abrir-se-lhe-á”. (Mateus 7: 7 e 8)
DEUS é um Pai generoso, e como qualquer pai, Ele se agrada
em presentear seus filhos. Qual pai não gosta de ver um filho se alegrando
quando recebe um presente? Servimos um DEUS que tem prazer em dar aos filhos.
Não existe problema algum desfrutar das dádivas de DEUS, basta para isso não
fazer do dinheiro e dos presentes, os concorrentes de sua devoção a DEUS.
“E esta é a confiança que temos para com Ele, que, se
pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, Ele nos ouve. E, se sabemos que
Ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os
pedidos que lhe temos feito.” (1 João 5: 14 e 15)